Era um dia de chuva, ele trabalhava e ela curtia a preguiça
de férias em casa. Sentada sobre a mesa com um chocolate quente ela via a chuva
cair e se tornava inevitável não pensar nele. Ela se sentia quase um filhote
quando estavam juntos, grudando de todas as formas que encontrava só pra
procurar carinho. Era estúpido, chegava a ser engraçado... Mas quem disse que o
amor não é ridículo nunca soube amar. Ela pegou o bloquinho de anotações e
ficou um tempo escrevendo pra ele... Pronto, colocou o papelzinho debaixo do
travesseiro, só quando fosse dormir ele iria encontrar. O barulho da porta se
abrindo fez com que ela corresse até a sala e saltasse em seu pescoço, o que
foi retribuído com o sorriso mais doce que ela conhecia, um beijo e um
longo abraço macio. Ela sabia, e sempre mostrava pra ele, que ele era um lindo
poema enquanto todos os outros eram tolas narrações...
O bom de quando um escritor se apaixona por você é que ele
te faz eterno, com toda sensibilidade, te faz eterno nos sentidos, eterno nos
momentos, eterno nas palavras... Eterno.
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