Sou Reinaldo, sou eu, sou meu.
De viver sozinho vou andando,
Pelas saborosas portas de bares
E abertas bocas que já bebi
Ou já beijei.
Sou Reinaldo, sou glória, sou Rei!
Tentando me equilibrar, contando o saldo
E pensando
“Vai Reinaldo, que ser amigo da coroa é mais fácil que ser
Rei.”
Sou Reinaldo, sou Juan, Juan De Naldo.
Seu amante, seu cantante, seu suor,
Mas ao passar por cima de mim, minha joia rara,
De Mahal resta-me apenas no peito um ferido deus.
Sou Reinaldo, indo e vindo, e fui.
Já amei demais por nós dois, meu amor
E não posso mais,
Passárgada passou e eu fiquei.
Sou Reinaldo, nada.
Vou reinando o nada, do nada sou Rei.
Sou nada, Naldo. Sou Reinaldo e só.
Apenas um poeta sem inspiração [e fim.]